A transferência, o analista e a angústia

Autores

  • Rafael de Castro Dorado UNAERP
  • Alessandra Fernandes Carreira UNAERP

Palavras-chave:

transferência, analista, angústia

Resumo

Este trabalho aborda a emergência de angústia no analista em um caso de psicanálise com crianças. Lacan (2005) aponta que não é raro o analista ser tomado pela angústia quando em contato com seu paciente. A questão evocada é: o que acontece? Não se pretende responder ou fechar a questão, contudo, com base em um caso clínico, pretende-se ler nas entrelinhas o que está em jogo na análise e, por conseguinte, refletir sobre a emergência da transferência como correlata ao surgimento da angústia. No caso clínico apresentado, a analista que recebe o paciente lança mão da interpretação para manejar uma transferência negativa. A transferência é o campo em que o analista atua, e é nesse campo que o analista, saindo de sua função, converte-se em um sujeito afetado pela angústia. Nesse momento de emergência da angústia, mostra-se como a analista utiliza táticas para retornar à função de causa, fazendo semblante de objeto.

 

Biografia do Autor

Rafael de Castro Dorado, UNAERP

Psicólogo pela UNAERP, membro de O Carretel, membro de Lalíngua - Espaço de Interlocução em Psicanálise, psicólogo do Centro Clínica da Santa Casa de Ribeirão Preto, psicólogo clínico de orientação lacaniana atuante.

Alessandra Fernandes Carreira, UNAERP

Psicanalista, pós-doutora pelo IEL/UNICAMP, membro-fundador de Lalíngua–Espaço de Interlocução em Psicanálise, professora titular BD do curso de Psicologia da UNAERP.

Publicado

2014-07-24