Movimento indígena e psicologia social: desafios à descolonização dialógica

Resumo

Este texto sintetiza parte do exercício de viver, sentir e pensar a partir das fronteiras entre Psicologia Social e Movimento Indígena. Temos por objetivo colocar as ciências psicológicas em diálogo com as organizações políticas dos povos originários. Buscamos deslocar os saberes da matriz colonial de poder para assumir as concepções populares, sendo requisito fundamental para a libertação da Psicologia da episteme colonial. Para isso, recorremos à pesquisa bibliográfica que foi potencializada por nossa participação e acompanhamento de atividades públicas do movimento étnico-social dos povos Kaiowá e Guarani, Aty Guasu. As reflexões apresentadas, em diálogo com a experiência do Movimento Indígena, direcionam para o desprendimento da Psicologia do compromisso iluminista/positivista-moderno/colonial-capitalista para o comprometimento com as perspectivas populares em resistência e luta pela descolonização.

Palavras-chave: Movimento Indígena; Psicologia Social; Estudos decoloniais; Descolonização; Libertação.