O que podem os grupos nas políticas públicas?

CRÍTICAS E PROPOSIÇÕES ESQUIZOANALÍTICAS

Autores

Resumo

Analisamos contribuições do dispositivo grupal esquizoanalítico à constituição de singularizações e movimentos coletivos nas políticas públicas, identificando práticas que mobilizam tais processos e expondo potencialidades de uma experiência ética na construção da práxis psicossocial. A pesquisa é um ensaio teórico e sua metodologia permitiu agenciar uma leitura cartográfica. Seus referenciais traçam concepção crítica das políticas sociais, conectada a contribuições de autores que discutem o processo grupal esquizoanalítico e de autores que abordam a ética Espinosista. Explorando as noções de tetravalência e transversalidade, defendemos o grupo enquanto ethos ético-político, capaz de compor vias de ressignificação e impulsionar criações ao erigir contexto que permite afetar e ser afetado, na composição coletiva de experimentações. Diante do violento avanço das forças neoliberais, torna-se urgente compor dispositivos de resistência e criação frente ao desafio de superação das desigualdades, do sofrimento ético-político e da queda abissal ao individualismo.

Biografia do Autor

Murilo Cavagnoli, Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó

Psicólogo e especialista em Psicologia Social pela Unochapecó, mestre e doutor em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professor na Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó), onde atua no ensino, pesquisa e extensão. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: psicologia social, estética, política e processos de criação, produção de subjetividade, música, arte e intervenção psicológica no contexto das políticas públicas de assistência social e saúde.

André Luiz Strappazzon, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Professor Adjunto A1 do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), graduado em Psicologia pela UFSC, com Mestrado e Doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia nesta mesma universidade. Integrante do Núcleo de Pesquisa em Práticas Sociais, Estética e Política (NUPRA). Tem entrelaçados estudos entre a Filosofia de Espinosa e a Psicologia, trabalhando em projetos de pesquisa e extensão a partir destes referenciais.

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Publicado

2023-10-09 — Atualizado em 2023-11-08

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