Considerações sobre a ofensiva conservadora-religiosa na psicologia brasileira

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Resumo

Estabelecemos uma genealogia do ultraconservadorismo na psicologia brasileira. Assim, o artigo discute as relações entre política e religião, a partir da análise do crescente movimento de evangélicos na política e na tentativa destes em interferir nas resoluções éticas da psicologia. Dessa disputa, surgiu o movimento intitulado “Psicólogos em Ação”, que concorreu às eleições do CFP de 2019. Como chapa, sua principal proposta era a derrubada da Resolução 01/99, permitindo aos psicólogos tratarem o que chamavam de homossexuais egodistônicos. Esse movimento foi analisado a partir da discussão de seu material de campanha. Os resultados mostraram que está em andamento um projeto ultraconservador na psicologia brasileira que visa desqualificar práticas e teorias das Ciências Humanas, a partir do alardeamento do que chamam de ideologia de gênero. Explicitaremos a base moral e religiosa que sustenta tal conceito e o quanto o mesmo busca fortalecer o projeto de poder almejado por este movimento conservador.

Biografia do Autor

Fernando Silva Teixeira Filho, Universidade Estadual Paulista - Unesp, Campus de Assis

Psicólogo, Professor Adjunto do Departamento de Psicologia Clínica e Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UNESP, Campus de Assis

Gabriel Catto, Universidade Estadual Paulista - Unesp, Campus de Assis

Psicólogo, Mestrando em Psicologia junto ao PPG Psicologia e Sociedade da Unesp, Campus de Assis, SP

Murilo Galvão Amancio Cruz, Instituto de Medicina Social - UERJ / Doutorando

Psicólogo, Mestre e Doutorando em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ

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Publicado

2023-10-18 — Atualizado em 2023-11-08

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