Investigações sobre uma magistratura dissidente

um outro Judiciário é possível?

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Resumo

O artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa qualitativa que buscou compreender, a partir da Teoria das Minorias Ativas de Serge Moscovici, como magistrados críticos em relação ao Poder Judiciário e à magistratura avaliam a possibilidade de inovação das práticas jurídicas. Foram efetuadas quinze entrevistas através da técnica semi-dirigida episódica. Efetuou-se a análise argumentativa das falas e posteriormente realizou-se a sua interpretação a partir do referencial da hermenêutica de profundidade. Foram identificados três modos de relação dos magistrados dissidentes com a potencialidade inovadora: impotência, potência individual e potência coletiva. Constatou-se a predominância do afeto da impotência, bem como a centralidade de ações de âmbito individual. Disso resultou a confirmação parcial de nossa hipótese de trabalho de que haveria movimentos no interior da magistratura que poderiam ser equiparados às minorias ativas conforme a definição dada por Moscovici.

Biografia do Autor

André Guerra, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicólogo, Doutor e Mestre em Psicologia Social e Institucional (UFRGS).

Pedrinho Guareschi, UNISC

Pós-doutor em Ciências Sociais na Universidade de Wisconsin (1991); Pós-doutor em Ciências Sociais na Universidade de Cambridge (2002). Coordenador do Grupo de Pesquisa Ideologia, Comunicação e Representações Sociais.

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Publicado

2023-10-18 — Atualizado em 2023-11-08

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