Sentidos de moradia e produção do espaço: um estudo com a favela Santa Lucia (Belo Horizonte – MG)
Resumo
O presente artigo busca trazer reflexões sobre a produção do espaço na favela Santa Lucia, localizada na região centro-sul da capital mineira. Compreendemos que os espaços devem ser pensados por meio de sua apropriação, que é permeada pelo que chamamos de sentidos de moradia, que por sua vez, são constituídos por encontros, afetos, resistências, memórias e conflitos. Buscamos compreender esses sentidos e como eles são atravessados pela implantação do Programa Vila Viva na localidade. Construímos, a partir de experiências anteriores do fazer científico com derivas, o que chamamos de caminhadas dialógicas, por entender que o caminhar, nosso gesto mais cotidiano, torna-se uma importante ferramenta nos estudos sobre as cidades. A partir da cartografia social foi possível desemaranhar linhas e compreender o cotidiano vivido daquela localidade. Concluímos que a cidade vivida não cabe nos limites impostos pela cidade planejada, sendo preciso, necessariamente, incluir as práticas sociais e espaciais no seu fazer.
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