Sobre a atualidade de Lígia Assumpção Amaral

interrogar o capacitismo para aleijar o campo psi

Autores

Resumo

Este trabalho propõe uma (re)leitura de contribuições de Lígia Amaral, mulher com deficiência, profissional psi e professora. Partindo da discussão sobre como se compreende a categoria “deficiência”, propõe-se retomar contribuições dos Estudos da Deficiência e da perspectiva crip para interrogar discursos e práticas capacitistas no campo psi. Na década de 1990, Lígia Amaral já pontuava com precisão a produção do que denomina “tipo ideal” a partir de posições de privilégio/dominação, o que já coloca em cena o recurso à categoria “deficiência” como marcador social de diferença. A partir da retomada de suas contribuições, sempre em diálogo com outros campos do conhecimento, é possível ampliar a discussão da deficiência como categoria social de análise, a fim de aleijar o campo psi por meio da problematização de sua articulação a partir do campo da patologia e do compromisso com enfrentamento do capacitismo em nossas práticas e teorizações como profissionais psi.

Biografia do Autor

Augusta Zana, Instituto Federal de Brasília

Doutora em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Recherches en Psychanalyse et Psychopathologie pela Université de Paris, UFR Institut Humanités, Sciences et Sociétés (IHSS). Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) em exercício provisório no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB).

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Publicado

2024-06-05

Edição

Seção

Dossiê Psicologia e Políticas da Deficiência: ativismos, aleijamentos e a luta a