Histórias de um dispositivo clínico: carta ao capacitismo que nos habita

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Resumo

Essa carta-texto é produzida a partir de atendimentos clínicos realizados com pessoas cegas e com baixa visão, desenvolvidos no Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro/RJ. As afetações geradas nos convocaram a (re)conhecer o capacitismo que nos habita e performa práticas excludentes e opressoras. Com os registros nos diários de campo dessa experiência clínica e de pesquisa, discutimos a possibilidade de (re)invenção da existência diante dos desafios do ver e do não ver em uma sociedade capacitista. Por meio do aparato teórico-metodológico da Teoria Ator-Rede, da sua proposta de acompanhar actantes, suas ações e conexões, bem como da articulação com a ciência no feminino e nossa intenção de produzir conhecimento que transforme o mundo, compartilhamos cenas, questões, atravessamentos que nos mobilizam, questionando nosso papel como pessoas sem e com deficiência visual na (des)construção social do capacitismo. 

Biografia do Autor

Keyth Vianna, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Psicologia Social (PPGPS) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Bolsista Qualitec InovUERJ. Mestre em Psicologia Social pelo PPGPS-UERJ. Graduada em Psicologia (UERJ).

Monique Brito, Universidade Federal Fluminense

Mulher feminista, psicóloga, sanitarista especialista em saúde mental, mestra em saúde comunitária, doutora em psicologia social. Integrante do laboratório afeTAR (UERJ). Professora na Universidade Federal Fluminense. 

Dandara Trebisacce, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Formada em Psicologia pela UFF, e mestranda pelo programa de Gestão e Controladoria Pública, da Faculdade de Administração e Finanças da UERJ, tenho como propósito de vida transformar o mundo através da produção de práticas e saberes afetados e construídos através do encontro potente entre diferenças. Tive como primeira experiência formadora a participação do grupo de pesquisa Perceber sem Ver, que realiza oficinas de experimentação corporal com pessoas com deficiência visual. Atualmente, atuo como psicóloga clínica, acolhendo e tecendo estratégias de cuidado junto a mulheres, pessoas da população LGBTQIA+ e pessoas negras. Além disso, trabalho em uma startup construindo soluções inovadoras para incluir a diversidade nas empresas.

Alexandra Tsallis, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora Adjunta do Departamento de Psicologia Social e Institucional do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professora permanente do Programa de Pós-graduação em Psicologia Social / UERJ. Professora permanente do Programa de Pós-graduação em Controladoria e Gestão Pública (Edital Cnpq 12/2020 Inovação) / UERJ. Coordenadora do Laboratório afeTAR (Unidade de desenvolvimento tecnológica cadastrada na Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação / UERJ e DGP / CNPq). Procientista / UERJ. Desenvolve o projeto de inovação do Centro de Ciências Humanas e Sociais / UERJ para enfrentamento das questões relativas à pandemia covid 19. Membro do Núcleo de Pesquisa Degenera / UERJ - CNPq. Membro do Grupo de Pesquisa Entre Redes / UFF - CNPq. Coordenadora do Grupo de trabalho da ANPEPP Tecnologias, modos de subjetivação e produção de conhecimento. Consultora da Capes na area Interdisciplinar. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), Mestrado em Psicologia e Práticas Sócio-culturais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2000) e Doutorado (sanduiche) em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em associação com o Centre de Sociologie de l'Innovation - Ecole de Mines / Paris (2005). Pós-Doutorado nos: Programa de Pós-Graduação em Psicologia / UFRJ (2010) e Programa de Pós-graduação em Psicologia / UFF (2018). Tem experiência nas áreas de Psicologia Social e Clínica, desenvolvendo temas, tais como: Teoria Ator-Rede / Covid - 19, Clínica Ampliada / Deficiência Visual e Gestalt-terapia com ênfase Fenomenológica. Mãe de duas filhas, esteve em licença maternidade em 2004 e 2015.

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Publicado

2024-06-05

Edição

Seção

Dossiê Psicologia e Políticas da Deficiência: ativismos, aleijamentos e a luta a