O PAPEL PROTETOR DA MENTALIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS TRAUMÁTICAS: IMPLICAÇÕES QUANDO DA ENTRADA NA PARENTALIDADE

Autores

  • Karin Ensink Université Laval - Canadá
  • Peter Fonagy Universidade College London (UCL) - Inglaterra
  • Lina Normandin
  • Marko Biberdzic
  • Nicolas Berthelot
  • Josée Duval

Palavras-chave:

, mentalização, trauma, parentalidade, psicopatologia, funcionamento reflexivo

Resumo

Já é amplamente reconhecido que as experiências de abuso e de trauma na infância, particularmente as que se passam em um contexto de apego sem segurança, prejudicam o desenvolvimento do sentimento fundamental de segurança em relação ao outro, deixando, desse modo, as vítimas com um sentimento de solidão e com afetos e dores que não podem ser partilhados e associados ao trauma. Por sua vez, quando essas crianças crescem e tornam-se pais, permanecem extremamente vulneráveis à desorganização e à confusão quando confrontados ao desamparo de seus filhos. Isso os torna ainda mais passíveis de reagir de modo impróprio, considerando a ativação dos efeitos ligados ao trauma não resolvido. Entretanto, tal como demonstrado por Fraiberg, os pais aptos para fazer face às experiências traumáticas e aos chamados "fantasmas do passado" têm menor risco de transmitir o trauma a seus filhos. Isso sugere que a mentalização é um fator importante de resiliência.

Biografia do Autor

  • Karin Ensink, Université Laval - Canadá
    Professora da Universidade Laval
  • Lina Normandin
    Doutoranda na Escola de Psicologia da Universidade Laval 
  • Marko Biberdzic
    Doutorando na Escola de Psicologia da Universidade Laval 
  • Nicolas Berthelot

     

    Docente da Universidade de Québec à Trois-Rivières - Quebec/Canadá 

  • Josée Duval

    Doutorando na Escola de Psicologia da Universidade Laval 

Publicado

2015-11-22