Linguagem, poder, Gênero e subjetividades na interface com teorias feministas

Autores

  • Karla Galvão Adrião Universidade Federal de Pernambuco
  • Paloma Silveira

Palavras-chave:

teorias feministas pós-estruturais, linguagem, feminismo negro, descolonialidades, subjetividades.

Resumo

Este ensaio reflete sobre como as noções de linguagem, poder, gênero e subjetividades, dialogam entre si, tomando como base epistemológica para este debate, a perspectiva teórica feminista pós-estrutural (Haraway, 1995; Scott, 2002), em sua inflexão com as propostas feministas negra (Gonzalés, 2018); e descolonial (Lugones, 2014; Rivera Cusicanchi, 2010). Discutiremos a partir de duas cenas que atuam enquanto “eventos discursivos” (Beaugrande, 1997). O primeiro trata de uma evocação, em um encontro entre uma das pesquisadoras e uma criança, ao sistema-sexo/gênero e às ciladas discursivas que atravessam corpos e subjetividades. A segunda, descreve o encontro entre duas jovens mulheres brancas de classe média, sobre questões de aborto provocado, desnudando tensões entre igualdade e diferença e o campo dos direitos reprodutivos. Nas duas cenas as provocações se estabelecem, trazendo a centralidade das questões de raça, classe e gênero para as construções de subjetividades.

Biografia do Autor

Karla Galvão Adrião, Universidade Federal de Pernambuco

Professora do dept de Psicologia e da Pós-graduação em psicologia da UFPE, feminista, arteterapeuta. Trabalha com questões em torno das teorias e epistemes feministas pós-estruturais e descoloniais, numa interface com o debate sobre linguagem, poder e processos de subjetivação. Discute ainda, numa perspectiva da pesquisa-intervenção sobre processos grupais, arte e corporalidade.

Paloma Silveira

Doutora em saúde Coletiva pela UFBa, com Pós-doutorado em psicologia pela UFPE.

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Publicado

2024-07-10

Edição

Seção

Artigos