O Iluminismo tardio no cemitério dos vivos: o manicômio judiciário na fronteira da reforma psiquiátrica brasileira

Autores

  • Waldeci Gomes Confessor Junior Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Magda Dimenstein Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.22491/1678-4669.20210017

Palavras-chave:

Periculosidade, Manicômio judiciário, Reforma psiquiátrica, Internação compulsória

Resumo

O artigo objetiva analisar os saberes e práticas dos operadores do direito e da psiquiatria em relação à Unidade Psiquiátrica de Custódia e Tratamento e seu lugar no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira. Analisa os argumentos que fundamentam as medidas de internação do ponto de vista jurídico e psiquiátrico e as soluções viáveis para o problema do manicômio judiciário frente ao imperativo da desinstitucionalização trazido pelo novo paradigma de Atenção Psicossocial. A investigação, pautando-se nos postulados da Análise Institucional, detectou como esses saberes e práticas atravessam o espaço institucional, moldando-o como um conjunto molar enrijecido e praticamente indiferenciado de outras estruturas prisionais comuns, diante da falência completa de um projeto terapêutico direcionado ao louco infrator.

Biografia do Autor

  • Waldeci Gomes Confessor Junior, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é servidor público efetivo do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte.

  • Magda Dimenstein, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Doutora em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é Professora Titular aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

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Publicado

2021-07-01

Edição

Seção

Temas em políticas sociais: assistência social e sistema de garantia de direitos

Como Citar

O Iluminismo tardio no cemitério dos vivos: o manicômio judiciário na fronteira da reforma psiquiátrica brasileira. (2021). Estudos De Psicologia (Natal), 26(2), 174-184. https://doi.org/10.22491/1678-4669.20210017