Narrativas Sobre Conjugalidade, Feminilidade e Vínculos Familiares de Mulheres de Homens Encarcerados
DOI:
https://doi.org/10.22491/1678-4669.20220021Palavras-chave:
Relações conjugais, Feminilidade, Família, Mulheres, PrisãoResumo
O objetivo do estudo foi compreender, a partir das narrativas de três mulheres que tiveram diferentes tipos de aproximação com o cárcere, de que modo elas constroem discursivamente os arranjos conjugais e identitário com os parceiros que têm ou tiveram trajetórias marcadas pelo aprisionamento. Através de entrevistas realizadas nas residências das participantes, analisadas por meio da Análise Crítica do Discurso, quatro aspectos emergiram em comum nos discursos: o sacrifício, a resistência, a responsabilização e a solidão. O papel de mulheres cuidadoras que se sacrificam em nome da relação conjugal coexistiu com as narrativas que estabeleciam a fronteira até onde seus esforços poderiam ir. A responsabilização feminina - em que as mulheres se sentem culpadas ou culpam outras mulheres pelos desvios legais e morais dos homens – também ficou evidente. O fato de serem as únicas visitantes de seus parceiros desvelou a solidão cotidiana e a sobrecarga social e parental.
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