Corpos matáveis, corpos deixados para morrer: violência nas relações homossexuais

Autores/as

  • Camila Camila Maffioleti Cavaler UFSC
  • Daniel Cerdeira de Souza Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Adriano Beiras Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.36482/arbp.v75i1.20007

Palabras clave:

Violência por parceiro íntimo, Heteronormatividade, Norma, Biopolítica, Necropolítica

Resumen

Problematizamos as formas facilitadas de morrer que atingem homossexuais em situação de violência na intimidade. Demos ênfase a regulação da sexualidade, a heteronorma e a homonormatividade para pensar os amparos legislativos à vida desses sujeitos. A partir do conceito de biopolítica de Foucault e necropolítica de Mbembe discutiu-se as diferenças entre deixar morrer e fazer morrer, entendendo que ambos podem resultar da ausência do Estado na proteção da violência entre casais homossexuais. Características como raça/etnia, classe social e performatividade de gênero cruzam-se a orientação sexual e estão diretamente relacionadas a quais corpos são deixamos morrer e quais são mortos simbolicamente pelo Estado. Por fim, a proteção estatal através de Leis punitivas não é suficiente para prevenção desses crimes, é preciso problematizar a colonialidade das verdades de gênero, estabelecendo políticas públicas que considerem as particularidades da violência nos relacionamentos homossexuais.

Biografía del autor/a

Camila Camila Maffioleti Cavaler, UFSC

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Daniel Cerdeira de Souza, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Adriano Beiras, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutor Europeu em Psicologia Social pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), Espanha. Psicoterapeuta Relacional Sistêmico. Terapeuta de Casais e Famílias (Especialização pelo Familiare Instituto Sistêmico, Fpolis). Coordenador do Núcleo de Pesquisas Margens (Modos de Vida, Família e Relações de Gênero) na UFSC. Vice-coordenador do grupo de pesquisa do CNPq NPPJ- Núcleo de Pesquisa em Psicologia Jurídica

Publicado

2025-02-17

Número

Sección

Artículos