Corpos matáveis, corpos deixados para morrer: violência nas relações homossexuais
DOI:
https://doi.org/10.36482/arbp.v75i1.20007Palavras-chave:
Violência por parceiro íntimo, Heteronormatividade, Norma, Biopolítica, NecropolíticaResumo
Problematizamos as formas facilitadas de morrer que atingem homossexuais em situação de violência na intimidade. Demos ênfase a regulação da sexualidade, a heteronorma e a homonormatividade para pensar os amparos legislativos à vida desses sujeitos. A partir do conceito de biopolítica de Foucault e necropolítica de Mbembe discutiu-se as diferenças entre deixar morrer e fazer morrer, entendendo que ambos podem resultar da ausência do Estado na proteção da violência entre casais homossexuais. Características como raça/etnia, classe social e performatividade de gênero cruzam-se a orientação sexual e estão diretamente relacionadas a quais corpos são deixamos morrer e quais são mortos simbolicamente pelo Estado. Por fim, a proteção estatal através de Leis punitivas não é suficiente para prevenção desses crimes, é preciso problematizar a colonialidade das verdades de gênero, estabelecendo políticas públicas que considerem as particularidades da violência nos relacionamentos homossexuais.
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