Loucura sob ataque: contribuições de Ignacio Martín-Baró sobre colonização, guerra e saúde mental para o Brasil contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.22491/1678-4669.20220010Palavras-chave:
Psicologia social, Hospitais psiquiátricos, Guerra, Saúde mentalResumo
Diante da multiplicação atual dos inimigos nacionais no Brasil, que atravessam as relações de gênero, sexualidade, raça e classe, neste texto abordamos um aspecto específico dessa guerra generalizada: a guerra contra os loucos. Com o objetivo de analisar o retorno recente do fortalecimento das arquiteturas de confinamento no campo da saúde mental, demarcando relações entre racionalidade e território, este artigo parte de um questionamento a respeito do espaço político dado ao louco e ao enlouquecimento, à diferença e à dor, à guerra aos loucos e à loucura na guerra. Como disparador, nos acompanhará principalmente a obra de Ignacio Martín-Baró e suas críticas ao psicologismo colonial, assim como à naturalização e à patologização de condições e efeitos do capitalismo. Podemos traçar instigantes paralelos da nossa experiência com os escritos de Martín-Baró, elaborando um lugar de resistência possível para a psicologia nesse campo de batalha.
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