Da pele ao cabelo: racismo e identidade de crianças e jovens quilombolas
DOI:
https://doi.org/10.22491/1678-4669.20230009Palavras-chave:
quilombo, identidade negra, crianças, racismoResumo
A formação identitária do corpo negro é marcada pelo modelo eurocêntrico, que estabelece um repúdio a tudo que escapa da branquitude. O presente trabalho pretende investigar como o racismo atravessa o corpo de crianças e jovens quilombolas e de que forma eles resistem a tal opressão. Partiu da análise dos resultados de uma pesquisa-intervenção realizada com 30 crianças e jovens, de 3 a 24 anos, numa comunidade quilombola localizada em Campos dos Goytacazes-RJ. Os resultados apontam a reprodução do racismo e a internalização de um ideal de ego branco (Santos, 1983). Contudo, a resistência dos corpos se apresenta na valorização do cabelo crespo, na identificação com os pares, e no sentimento de pertencimento à comunidade. Os resultados revelam a necessidade da Psicologia agir para desnaturalizar o corpo branco como centralidade e o fortalecimento de recursos e estratégias para a resistência do corpo negro, lutando contra a perpetuação do racismo.
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