Ensino remoto emergencial e saúde mental de universitários do sertão Nordestino
DOI:
https://doi.org/10.26823/rnufen.v15i1.24375Palavras-chave:
Ensino à Distância, Universidade, Saúde Mental, Pandemia, COVID-19, Pesquisa FenomenológicaResumo
Objetivou-se compreender experiências no Ensino Remoto Emergencial (ERE) e condições de saúde mental entre estudantes de universidades públicas do sertão nordestino acometidos ou não pela COVID-19. Participaram sete universitários com idade a partir de 18 anos; de diferentes gêneros, níveis socioeconômicos, períodos e cursos de graduação presenciais; que não se desvincularam da universidade durante a pesquisa. Realizaram-se entrevistas individuais abertas pela Plataforma Meet, analisadas pelo método fenomenológico de tendência empírica. Presentificaram-se as experiências em Unidades de Sentido, com destaque para: adoecimento físico/mental ou problemas pessoais dificultaram mas não impediram os universitários de assistir aulas; invasão do ERE na vida pessoal; sentimentos negativos, dificuldades de adaptação, impasses e conflitos; comprometimento da aprendizagem e do rendimento dos discentes; e falta de preparo docente para o uso de ferramentas de ensino e avaliação. Concluiu-se, principalmente, a necessidade de implantação urgente de políticas públicas multidisciplinares de promoção de saúde mental para universitários da região.
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