Charles Taylor e a análise hermenêutica da cultura da autenticidade

Autores

  • Diogo Hohl Orsi Unifesp

DOI:

https://doi.org/10.26823/rnufen.v17i1.25793

Palavras-chave:

Hermenêutica, Ética da Autenticidade, Charles Taylor

Resumo

Em A Ética da Autenticidade, Charles Taylor explora o problemático ideal moderno de autenticidade, marcado por uma contraditória busca por distinção individual. Apropriando-se do arcabouço conceitual da hermenêutica fenomenológica de Martin Heidegger e Hans-Georg Gadamer, Taylor investiga e busca superar as dificuldades intrínsecas a este ideal. Sua análise busca revelar não apenas as deficiências, mas também possíveis soluções que permitam uma reconciliação deste ideal com uma existência coerente e satisfatória.
Este ensaio visa elucidar os pressupostos filosóficos de Charles Taylor oriundos da tradição fenomenológico hermenêutica, a partir de um caso: a crítica do autor ao moderno ideal de autenticidade. Serve, assim, como uma chave de leitura aplicável a outros ensaios e obras do autor, enriquecendo a sua compreensão a partir da perspectiva desta tradição filosófica. Contribui ainda para o esclarecimento da argumentação do autor no caso analisado, para o leitor não familiarizado com tal tradição.

Referências

Adorno, T. W., & Horkheimer, M. (1985). Dialética do Esclarecimento: Fragmentos Filosóficos (Guido Antonio de Almeida, Trad.). Zahar.

Arendt, H. (2020). A condição humana (Roberto Raposo, Trad., Adriano Correia, Revisão técnica e apresentação, Margareth Canovan, Introdução). 13 ed. rev. Forense Universitária.

Arendt, H. (1993). A dignidade da política (A. Abranches, Org.; Helena Martins et al., Trad.). Relume Dumará.

Bagchi, D., & Steinmetz, D. C. (Eds.). (2004). The Cambridge Companion to Reformation Theology. Cambridge University Press.

Bloom, A. (1987). The closing of the American mind: How higher education has failed democracy and impoverished the souls of today’s students. Simon & Schuster.

Brashier, N. M., & Marsh, E. J. (2020). Judging Truth. Annual review of psychology, 71, 499–515. https://doi.org/10.1146/annurev-psych-010419-050807.

Chernilo, D. (2017). Strong evaluations: Charles Taylor. In D. Chernilo, Debating humanity: Towards a philosophical sociology (pp. 159–180). Cambridge University Press.

Dilthey, W. (1989). Wilhelm Dilthey: Selected works, volume I: Introduction to the human sciences. Princeton University Press.

Dostal, R. J. (org.). (2002). The Cambridge companion to Gadamer. Cambridge University Press.

Forster, M. (2022) Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher, The Stanford Encyclopedia of Philosophy, Edward N. Z. (org.). Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/sum2022/entries/schleiermacher/.

Franco, F.; Castro, J. C. L.; Manzi, R.; Safatle, V.; Afshar, Y. (2021). O sujeito e a ordem do mercado: gênese teórica do neoliberalismo. In: Safatle, V.; Silva Junior, N.; Dunker, C. (orgs.). (2021). Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico. Autêntica, pp. 47-75.

Charles Taylor e a análise hermenêutica da cultura da autenticidade

Revista NUFEN: Phenomenology and Interdisciplinarity, Belém-Pará, e25678, 2025.

Gadamer, H.G. (2005). Verdade e método (F. P. Meurer, Trad.; E. P. Giachini, Rev.. 7. ed.) Vozes, EDUSF.

Gadamer, H. G. (2002). Verdade e método II: complementos e índice (E. P. Giachini, Trad.). Vozes.

Heidegger, M. (2013). Ser e Tempo (8 ed.). Vozes.

Hendrix, S. (2004). Luther. In D. Bagchi & D. C. Steinmetz (Eds.), The Cambridge Companion to Reformation Theology (pp. 39–56). Cambridge University Press.

Jappe, A. (2021). A sociedade autofágica: capitalismo, desmesura e autodestruição (J. Henriques, Trad.). Elefante.

Josgrilberg, R. (2024). Que é hermenêutica? In Revista NUFEN: Phenomenology and Interdisciplinarity, https://doi.org/10.26823/rnufen.v16i01.25626.

Lasch, C. (1979). The culture of narcissism: American life in an age of diminishing expectations. Warner Books.

Lemos, F. (2017). A influência de Hans-Georg Gadamer na política de reconhecimento de Charles Taylor

(2017) In Revista Eletrônica Artigos Jurídicos e Direito em Debate (REAJDD), 13, (pp. 1-17), Disponível em SSRN: https://ssrn.com/abstract=3476363.

Olay, C. (2020). Self-interpreting language animal: Charles Taylor’s anthropology In Kulcsár-Szabó, Z., Lénárt, T., Simon, A., Végso, R. (eds.) Life after literature. Numanities - Arts and humanities in progress, vol 12. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-030-33738-4_9.

Porta, M. A. G. (2003). A filosofia a partir de seus problemas. Edições Loyola.

Schmidt, L. K. (2014). Hermenêutica (F. Ribeiro, Trad., 3 ed). Vozes.

Smith, N. (1994). Charles Taylor, Strong hermeneutics and the politics of difference In Radical Philosophy 68 (pp.19-27).

Taylor, C. (1985a). Human agency and language: philosophical papers 1. Cambridge University Press.

Taylor, C. (1985b). Philosophy and the human sciences: philosophical papers 2. Cambridge University Press.

Taylor, C. (2014). Argumentos filosóficos (A. U. Sobral, Trad., 2 ed). Edições Loyola

Taylor, C. (2011). A ética da autenticidade (T. Carvalho, Trad.). É Realizações.

Taylor, C. (1997). As fontes do self: A construção da identidade moderna (A. U. Sobral e D. A. de Abreu, Trad.). Edições Loyola.

Turner, A. (2015). Generation Z: Technology and Social Interest. The Journal of Individual Psychology 71(2), 103-113. https://dx.doi.org/10.1353/jip.2015.0021.

Wineburg, S., Breakstone, J., McGrew, S., Smith, M. D., & Ortega, T. (2022). Lateral reading on the open Internet: A district-wide field study in high school government classes. Journal of Educational Psychology, 114(5), 893–909.https://doi.org/10.1037/edu0000740.

Downloads

Publicado

2025-08-22

Como Citar

Hohl Orsi, D. (2025). Charles Taylor e a análise hermenêutica da cultura da autenticidade. Revista NUFEN: Phenomenology and Interdisciplinarity, 17(1), 13. https://doi.org/10.26823/rnufen.v17i1.25793

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.