Gestalt-terapia na Amazônia: reconhecendo as raízes através dos Grupos de Estudos no Norte do Brasil.
DOI:
https://doi.org/10.26823/rnufen.v17i1.26112Palavras-chave:
Gestalt-terapia; Amazônia; Pós-graduação; Grupos de estudo; Psicologia decolonialResumo
O artigo investiga o desenvolvimento da Gestalt-terapia na região Norte do Brasil, com foco na atuação de grupos de estudo, especialmente no estado do Pará. A questão norteadora refere-se a como tais grupos e instituições acadêmicas contribuíram para a consolidação da abordagem em contextos amazônicos. Com base em revisão bibliográfica, levantamento em mídias sociais e relatos de profissionais, o estudo traça um panorama histórico e político da expansão da Gestalt-terapia na Amazônia. Os resultados evidenciam que os grupos operam como espaços de formação continuada, resistência epistemológica e afirmação identitária. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº CAEE 84574724.6.0000.0018. Conclui-se que esses coletivos e espaços institucionais enquanto programas de pós-graduação Strictu sensu fortalecem a produção científica e a legitimidade acadêmica da abordagem sendo fundamentais para a construção de uma clínica gestáltica enraizada, ética, decolonial e sensível às realidades culturais da região.
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