Gestalt-terapia na Amazônia: reconhecendo as raízes através dos Grupos de Estudos no Norte do Brasil.

Autores

  • Wellen Karen Lobo Pinheiro Pinheiro UFPA/PPGP Mestrado
  • Kamilly Souza do Vale Universidade Federal do Pará - UFPA

DOI:

https://doi.org/10.26823/rnufen.v17i1.26112

Palavras-chave:

Gestalt-terapia; Amazônia; Pós-graduação; Grupos de estudo; Psicologia decolonial

Resumo

O artigo investiga o desenvolvimento da Gestalt-terapia na região Norte do Brasil, com foco na atuação de grupos de estudo, especialmente no estado do Pará. A questão norteadora refere-se a como tais grupos e instituições acadêmicas contribuíram para a consolidação da abordagem em contextos amazônicos. Com base em revisão bibliográfica, levantamento em mídias sociais e relatos de profissionais, o estudo traça um panorama histórico e político da expansão da Gestalt-terapia na Amazônia. Os resultados evidenciam que os grupos operam como espaços de formação continuada, resistência epistemológica e afirmação identitária. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº CAEE 84574724.6.0000.0018. Conclui-se que esses coletivos e espaços institucionais enquanto programas de pós-graduação Strictu sensu fortalecem a produção científica e a legitimidade acadêmica da abordagem sendo fundamentais para a construção de uma clínica gestáltica enraizada, ética, decolonial e sensível às realidades culturais da região. 

Biografia do Autor

Wellen Karen Lobo Pinheiro Pinheiro, UFPA/PPGP Mestrado

Mestranda em Psicologia na  Linha de Pesquisa Fenomenologia: teoria e clínica do Programa de Pós-graduação da UFPA (PPGP/UFPA). Graduação em Psicologia pela Faculdade Uninassau Belém(2020) , especialização em Gestalt-Terapia, pela Faculdade Unyleya (2022) e Psicossomática pelo Centro de Gestalt Terapia Psicossomática de São Paulo(2022). Aprimoramento em Psicologia Clínica e Gestalt-Terapia através do GEGT- Belém e GEGT FloreSer (2021). Integrante do Grupo de Estudos em Gestalt-Terapia (GEGT - Belém-PA) e do Núcleo de Pesquisas em Gestalt-terapia da UFPA (NPGT);  e membro da Associação Brasileira de Gestalt-Terapia e Abordagem Gestáltica.

Kamilly Souza do Vale, Universidade Federal do Pará - UFPA

Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Pará/PPGP-UFPA (2018).  Psicóloga; especialização em Desenvolvimento Infantil pela Universidade do Estado do Pará; especialização em Gestalt-Terapia, pelo CCGT . Pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Fenomenológicas (NUFEN), editora adjunta  da revista do NUFEN (http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_serial&pid=2175-2591&lng=pt&nrm=iso) ;  Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Gestalt-terapia (NPGT/CNPQ); Professora do curso de Psicologia da Universidade Federal do Pará (UFPA); Professora e Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Psicologia (PPGP/UFPA) na linha Fenomenologia: Teoria e clínica.

Referências

Alvim, M. B., Boris, G. D. J. B., Melo, A. D. S. & Pimentel, A. S. (2018). Gestalt-terapia. Psicologia Clínica: da Graduação à Pós-graduação.

Andrade, C. C. (Org.). (2025). Pioneiros da Gestalt-terapia no Brasil: histórias e memórias. Summus Editorial.

Arendt, H. (2007). A condição humana (10a ed.). Forense Universitária.

Belmino, M. C. (2021). Revisitando Paul Goodman: Desdobramentos Políticos da Gestalt-terapia.

Belmino, M. C. de B. (2020). Gestalt-terapia e experiência de campo: dos fundamentos à prática clínica. Paco Editorial.

Bispo, N. (2019) Colonização, Quilombos: modos e significações. Editora Nós.

Boccardi, D. (2021). Gestalt-terapia e sociedade: uma perspectiva crítica da clínica contemporânea. Summus Editorial.

Boccardi, D. & Fernandes, P. (2021). A ética da relação e o compromisso social da clínica gestáltica. Revista Gestalt, 24(1), 35-50.

Buber, M. (1987). Sobre comunidade. Editora Perspectiva. Coleção Debates, v. 203.

Branco, P. C. C., & Carpes, C. O. (2017). Produção gestáltica nas bases de dados SciELO e PePSIC: Revisão sistemática. Revista IGT na Rede, 14(26), 72–86.

Brasil. (1980). Decreto nº 84.858, de 1º de julho de 1980. Autoriza o funcionamento do curso de Psicologia da Sociedade Civil Colégio Moderno, no Estado do Pará. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D84858.htm

Campos, G. (2007). Entrevista: histórias da psicologia no Ceará. Psicologia em Estudo, 12(2), 433-437.

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. (n.d.). Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil. CNPq. https://dgp.cnpq.br/dgp/

Ferreira, W. N. B. Carta-convite do VI Encontro Norte-Nordeste de Gestalt-terapia, Belém do Pará. Recuperado em 25 de setembro de 2014, de: http://www.viencontronortenordestegt.com.br/p/apresentacao.html.

Frazão, L. A. & Cury, E. P. (2012) Gestalt-terapia no Brasil: História e perspectivas. Summus Editorial.

Gil, A. C. (2019) Como elaborar projetos de pesquisa. (6a ed.). Atlas.

Holanda, A. F. (2009). Gestalt-terapia e Abordagem Gestáltica no Brasil: Análise de Mestrados e Doutorados (1982- 2008).

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022). Amazônia Legal. https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/estrutura-territorial/15819-amazonia-legal.html

Juliano, J. C. (2007). Gestalt-terapia: Revisitando as Nossas Histórias.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (2003). Fundamentos de metodologia científica. (5a ed.). Atlas.

Leite, A. P. M. (2016). Revisão Integrativa da Produção Científica Gestáltica no Brasil entre 2004 e 2014.

Lima, P. V. de A. (2012). A Gestalt Terapia contemporânea e sua inserção no ambiente acadêmico. In A. Pimentel, & J. Santos (Org.). GESTALTENS: Pesquisas em Educação, Saúde e Violências (22a ed, pp. 35-50). Amazônia Edições.

Marshall, C. & Rossman, G. B. (2016). Designing qualitative research (6th ed.). SAGE Publications.

Menezes, S. M. M. de. (2014). De Fritz Perls ao VI Encontro Norte-Nordeste de Gestalt-terapia em Belém do Pará.

Ministério da Educação. (2025). Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior - e-MEC. http://emec.mec.gov.br/

Mione, M., Spagnuolo Lobb, M., Francesetti, G. (2010) A assimilação da abordagem gestáltica: entre identidade e pertencimento. Em Spagnuolo Lobb, M., Mione, M., & FRANCESETTI, G. (Orgs.). Gestalt-terapia: a arte do contato (pp. 23-40). Summus Editorial.

Nascimento, L. C. S. (2019). Gestalt-terapeutas do Brasil: Formação e Identidade.

Nunes, G. (2021). Saberes-fazeres decoloniais: Perspectivas para a educação e a psicologia. Editora Fi.

Nunes, G. (2021). Corpos que falam línguas outras: por uma psicologia decolonial. In G. Nunes & A. Bispo (Eds.), Pensamento contracolonial: epistemologias insurgentes do Sul (pp. 25-38). Editora Consequência.

Pimentel, A. (2025). Evidências do pensamento decolonial na literatura científica gestáltica brasileira. Revista Cocar, 34, 1–20.

Pimentel, A. (2003). Psicodiagnóstico em Gestalt-terapia. São Paulo: Summus Editorial.

Prestrelo, E. T. (2001). A história da Gestalt-Terapia no Brasil: “peles-vermelhas” ou “caras pálidas”? In H. de B. C. Rodrigues, A. M. Jacó-Vilela, & A. C. Cerezzo (Orgs.), Clio-Psyché hoje: fazeres e dizeres psi na história do Brasil (1º ed, Vol. 1, pp. 87–94). Relume Dumará.

Santos, A. B. (2021). A terra dá, a terra quer (p. 37). Editora Nós.

Santos, B. de S. (2010). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Em B. de S. Santos & M. P. Meneses (Orgs.), Epistemologias do Sul (pp. 31–83). Cortez Editora.

Severino, A. J. (2007). Metodologia do trabalho científico. (23a ed.) Cortez Editora.

Spagnuolo Lobb, M., & Lins, C. (2023). Do agora para o que está por vir na psicoterapia: A Gestalt-terapia recontada na ontemporaneidade (1ª ed.). Artesã Editora.

Suassuna, D. (2008). História da Gestalt-terapia no Brasil contada por seus primeiros autores: um estudo historiográfico no eixo São Paulo-Brasília. [Dissertação de Mestrado em Psicologia]. Universidade Católica de Goiás.

Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Disponível em: https://www.unir.br.

Universidade Federal do Pará (UFPA). (2023). Curso de Psicologia. Disponível em: https://www.ufpa.br.

Universidade Federal de Roraima (UFRR). Disponível em: https://www.ufrr.br.

Downloads

Publicado

2025-08-22

Como Citar

Pinheiro, W. K. L. P., & Vale, K. S. do. (2025). Gestalt-terapia na Amazônia: reconhecendo as raízes através dos Grupos de Estudos no Norte do Brasil . Revista NUFEN: Phenomenology and Interdisciplinarity, 17(1), 15. https://doi.org/10.26823/rnufen.v17i1.26112

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.