Preditores do Sofrimento Psíquico de Profissionais da Saúde Pública durante a COVID-19

Autores

Resumo

Objetivou-se identificar o poder preditivo de fatores psicossociais no trabalho (conflito trabalho e família, assédio moral, estresse laboral), e de variáveis sociodemográficas e de saúde para o desfecho de sofrimento psicológico em profissionais que atuavam na saúde pública na pandemia. Trata-se de estudo quantitativo, com 478 servidores da área de saúde pública durante a COVID-19. Os instrumentos, aplicados on-line, foram: ficha sociodemográfica e de saúde, questionário sobre fatores psicossociais no trabalho, Escala de Conflito Trabalho-Família e Clinical Outcome Routine Evaluation- Outcome Measures (CORE-OM). Os dados foram analisados através da Regressão Linear Múltipla. O conflito trabalho-família foi principal preditor de sofrimento mental (25,4%), seguido pelo assédio moral, interação família-trabalho e diagnóstico psiquiátrico/psicológico prévio que predisseram, conjuntamente, 37,8% do sofrimento psicológico na amostra. Ressalta-se que a pandemia pode ter contribuído para o agravamento de sintomas já existentes. Estes fatores psicossociais, particularmente conflito família-trabalho, devem ser considerados no planejamento de intervenções voltadas para a promoção da saúde mental.

Palavras-chave: COVID-19, pessoal de saúde, saúde do trabalhador.

Biografia do Autor

Janine Kieling Monteiro, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Júlia Consoli, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Bolsista de iniciação científica voluntária do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, graduanda em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Kaell Judá Sesterheim da Silva, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Bolsista CAPES no mestrado do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, possui graduação em Psicologia e é especializando em Psicanálise e Prática Clínica, pela Universidade Feevale.

Kamila Nunes Pires, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Especializanda em Psicologia Clínica pela Instituição de Ensino Faculdade Dom Alberto. É aluna especial no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem na Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. Bacharel em Psicologia  pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Laura Cunha da Silva, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Bolsista de iniciação científica FAPERGS do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, graduanda em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Marina Guerin, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Graduada em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, docente no Programa Jovem Aprendiz no SENAC/RS.

Vanessa Ruffatto Gregoviski, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Bolsista CAPES no doutorado do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. É bacharel em Psicologia, especialista em Residência Multiprofissional em Saúde Mental e mestre em Psicologia Clínica.

Murilo Ricardo Zibetti, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Professor na Graduação e na Pós-Graduação em Psicologia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos,  possui graduação, mestrado e doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Fernanda Barcellos Serralta, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Brasil

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPQ, possui graduação e mestrado em Psicologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e doutorado em Ciências Médicas: Psiquiatria na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professora convidada no Estudos Integrados em Psicoterapia Psicanalítica e membro da Society for Psychotherapy Research e da Rede Latinoamericana de Pesquisa em Psicoterapia.

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Publicado

2023-07-01