O Plantão da Acolhida:
Um dispositivo de acolhimento ao Outro
DOI:
https://doi.org/10.26823/rnufen.v16i01.25413Palavras-chave:
ética da libertação, Plantão Psicológico, Serviço Escola, PsicologiaResumo
Trata-se de um relato de experiência profissional oriundo da implantação do Plantão Psicológico no Centro de Estudos
e Pesquisas em Psicologia Aplicada, serviço-escola da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. A implantação deste
serviço inicia-se como projeto de extensão, curso de aperfeiçoamento até se tornar uma modalidade perene articulada
aos estágios curriculares da graduação em Psicologia. Demonstra-se os polos: algo a se escutar a algo a se fazer como
orientações aos estagiários para o exercício do plantão. Posteriormente, nomeia-se como Plantão de Acolhida a forma
como este dispositivo estabeleceu-se no serviço articulando esse modo com a ética da libertação elaborada por
Enrique Dussel inspirado na Filosofia de Levinas. Tal proposta coloca em segundo plano as teorias e métodos advindos
das propostas epistemológicas da Psicologia e em primeiro plano o Outro, suas necessidades e peculiaridades, o que
sugere uma multidisciplinariedade e uma compreensão mais atenta às necessidades dos usuários que nos procuram.
Referências
Barbosa, F., & Casarini, K. A. (2021). Intervenções em Plantão Psicológico Humanista-Fenomenológico: pesquisa em serviço-escola. Psicologia em Estudo, v. 26.
Bezerra, E. N. (2014). Plantão psicológico como modalidade de atendimento em psicologia escolar: limites e possibilidades. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 14(1), 129-143.
Brito, L. S., & Dantas, J. B. (2016). Plantão Psicológico: ampliando possibilidades de escuta. Rev. Extensão em Ação. Fortaleza. v. 1 n. 10 jan-jun.
Dussel, E. (2011). Filosofía de la Liberación. México: Fondo de Cultura Económica.
Gomes, M. A. F., & Dimenstein, M. (2016). Serviço escola de psicologia e as políticas de saúde e de assistência social. Temas em Psicologia (online); 24 (4): 1217-1231, dez.
Herzberg, E., & Chammas, D. (2009). Triagem estendida: serviço oferecido por uma clínica-escola de psicologia. Paideia (Ribeirão Preto); 19 (42): 107-114, jan-abr.
Levinas, E. (2016). Totalidade e Infinito: ensaio sobre a exterioridade. Lisboa: Edições 70.
Maldonado-Torres, N. (2008). A topologia do Ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, império e colonialidade. Revista Crítica de Ciências Sociais, vol 80, pp. 71-114.
Ortolan, M. L. M., & Sei, M. B. (2016). Plantão psicológico no serviço-escola de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina.Revista Brasileira de Extensão Universitária,v. 7, n. 1, pp. 29-35. Disponível em:<https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/3079/pdf
Paparelli, R.B., & Nogueira-Martins, M.C.F. (2007) Psicólogos em formação: vivências e demandas em plantão psicológico. Psicologia: Ciência e Profissão, 27(1), 64-79.
Rebouças, M. S. S., & Dutra, E. (2010). Plantão psicológico: uma prática clínica da contemporaneidade. Revista da Abordagem Gestáltica, 16(1),19-28.
Rocha, M. C. (2011) Plantão psicológico e triagem: aproximações e distanciamentos. Rev. Nufen; 3 (1).
Santos, G. A. O. (2016) A Terapia de Crise segundo Alfredo Moffatt: uma proposta fenomenológico-existencial. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies, Vol 22, n 2. pp. 198-206.
Schmidt, M. L. S. (2004). Plantão Psicológico, Universidade Pública e Política de Saúde Mental. Estudos de Psicologia (Campinas), v. 21, n. 3, pp. 173-192, setembro/dezembro.
Schmidt, M. L. S. (2009). O nome, a taxonomia e o campo do aconselhamento psicológico. In Morato, H. T. P., Barreto, C. L. B. T., & Nunes, A. P. Aconselhamento Psicológico numa Perspectiva Fenomenológica Existencial (pp.1-21). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Yehia, G. Y. (2004). Interlocuções entre o plantão psicológico e o psicodiagnóstico. Estudos em Psicologia, 21(1): 65-72. jan-abr.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista NUFEN: Phenomenology and Interdisciplinarity
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
