O Luto materno sob um olhar  Fenomenológico

Pedro Geraldo Luciano Gomes; Nathália Santos Dutra

doi:10.26823/rnufen.v16i01.25548

Autores

Pedro Geraldo Luciano Gomes
Nathália Santos Dutra Universidade Federal de São Joao del Rei

DOI:

https://doi.org/10.26823/rnufen.v16i01.25548

Palavras-chave:

Mulher; Maternidade; Morte; Luto; Fenomenologia

Resumo

Este trabalho objetiva compreender o luto materno a partir da abordagem fenomenológica, discorrendo sobre a construção da maternidade e as construções do vínculo entre mãe e bebê. São abordadas as formas de lidar com a morte e os tabus que envolvem perda e luto; estes geralmente são acompanhados de negação ou de preconceitos construídos culturalmente. Foi utilizada a revisão bibliográfica de literatura exploratória e descritiva de estudos já publicados. Não existe aqui uma intenção de apresentar fórmulas definidas, mas ilustrar as possibilidades de um olhar frente ao desamparo enfrentado por mulheres, e como o luto pode se manifestar na vida de uma mãe. Para a fenomenologia, a possibilidade ou concretização da morte desperta no ente que ficou a contemplação da sua finitude a partir do fim do outro. Sendo o outro um filho, pode levar a mãe deparar-se com um dilema acerca da continuidade de sua maternidade.

Biografia do Autor

Nathália Santos Dutra, Universidade Federal de São Joao del Rei

Psicóloga e Mestre em Psicologia Social pela UFSJ e pós graduada em Gerotologia e Saúde do Idoso pela UCAM.

Referências

Afonso, S. B. C.; Minayo, M. C. S. (2013). Uma releitura da obra de Elisabeth Kubler-Ross. Ciência & Saúde Coletiva, 18, 2729-2732.

Andrade, C. J.; Baccelli, M. S. & Benincasa, M. (2017). O vínculo mãe-bebê no período de puerpério: uma análise Winnicottiana. Vínculo, 14, 1-13.

Assis, G. A. P.; Motta, H. L.; Soares, R. V. (2019). Falando sobre presenças-ausentes: vivências de sofrimento no luto materno. Revista do NUFEN, 11, 39-54.

Badinter, E. (1985). Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Bezerra, M. A. R., Rocha, R. C., Carneiro, C. T., Rocha, K. N. D. S., Moura, D. F. S., & Rocha, S. S. D. (2021). O tempo do luto materno pelo filho que morreu na infância. Escola Anna Nery, 26, e20210264.

Bisotto, L. B., de Oliveira Cardoso, N., & de Lima Argimon, I. I. (2021). Luto antecipatório materno: uma revisão integrativa nacional. Revista do Nufen: Phenomenology and Interdisciplinarity, 13(1).

Borsa, J. C., & Dias, A. C. G. (2007). Considerações acerca da relação mãe-bebê da gestação ao puerpério. Revista Contemporânea-Psicanálise e Transdisciplinaridade, 2, 310-321.

Caetano, C., Pereira, B. B., & Konstantyner, T. (2022). Effect on the practice of the kangaroo method on the formation and strengthening of the mother-baby bond: a systematic review. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 22, 11-22.

Da Costa, J. R., Prado, E., Beal, R., Wakiuchi, J., Sales, C. A., & Marcon, S. S. (2019). Morte de filhos por câncer: experiências de mães enlutadas sob a ótica heideggeriana. Revista Baiana de Enfermagem , 33.

Feijoo, A. M. L. (2022). Clinical Listening: Experience of a grieving mother in times of Covid-19. Psicologia: Teoria e Prática, 24(1).

Feijoo, A. M. L. C. D., & Noleto, M. C. M. F. (2022). O Imensurável da Experiência do Luto Materno. Psicologia: Ciência e Profissão, 42.

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6º. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A.

Gradvohl, S. M. O., Osis, M. J. D., & Makuch, M. Y. (2014). Maternidade e formas de maternagem desde a idade média à atualidade. Pensando familias, 18(1), 55-62.

Ignacio, E. S., & Medeiros, A. P. (2023). Nascimento e Morte: o Apagamento do Luto durante a Perinatalidade. ID on line. Revista de psicologia, 17(66), 253-272.

Malta, D. C., Minayo, M. C. D. S., Cardoso, L. S. D. M., Veloso, G. A., Teixeira, R. A., Pinto, I. V., & Naghavi, M. (2021). Mortality among Brazilian adolescents and young adults between 1990 to 2019: an analysis of the Global Burden of Disease study. Ciência & Saúde Coletiva, 26, 4069-4086.

Marciano, R. P., & Amaral, W. N. D. (2015). O vínculo mãe-bebê da gestação ao pós-parto: uma revisão sistemática de artigos empíricos publicados na língua portuguesa. Femina, 155-159.

Minayo, M. C. D. S. (2013). Cuidar do processo de morrer e do luto. Ciência & Saúde Coletiva, 18.

Peixoto Alcântara, M. L., & Gomes Veríssimo de Faria, M. R. (2021).O Luto através de perspectivas da psicologia. Repositório Institucional Unievangelica, Goiás.

Resende, D. K. (2017). As construções da maternidade do período colonial à atualidade: uma breve revisão bibliográfica. Revista Três Pontos, 14(1).

Rodrigues, A. S., Jorge, M. S. B., & Morais, A. P. P. (2005). Eu e meu filho hospitalizado: concepção das mães. Rev. Rene, 6(3), 12.

Serra, A. P. E., & Freitas, J. D. L. (2020). Maternal Mourning After Suicide: Impotence and Helplessness in the Face of (Im) Possibilities. Revista do NUFEN, 12(3), 19-37.

Silva Filho, O. C. D., & Minayo, M. C. D. S. (2021). Triple taboo: considerations about suicide among children and adolescents. Ciência & Saúde Coletiva, 26, 2693-2698.

Silva, J. C. A., & de Melo, S. F. (2020). Mães adolescentes com bebês em UTI neonatal: reflexões fenomenológicas sobre a vida ea morte. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies, 26(3), 253-266.

Siqueira, M. E. C. D., Mergulhão, L. M. R., Pires, R. F. S. A., Jordán, A. D. P. W., & Barbosa, L. N. F. (2023). Attitude to death and opinion of medical students on the top training. Revista Brasileira de Educação Médica, 46.

Souza, P. D. S. N. D., & Conceição, A. D. O. F. (2018). Process of dying in a pediatric intensive therapy unit. Revista Bioética, 26, 127-134.

Teodoro, M. L., & Baptista, M. N. (2012). Psicologia de Família-: Teoria, Avaliação e Intervenção. Artmed Editora.