ENVELHECIMENTO E AFETIVIDADE A PARTIR DO TESTE DE PFISTER
Palavras-chave:
Idoso, Institucionalização, Métodos Projetivos.Resumo
O envelhecimento populacional demanda cuidados específicos a essa etapa do desenvolvimento. Esse trabalho objetivou descrever e comparar indicadores de vivências afetivas de idosos institucionalizados e não institucionalizados, a partir do Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister (TPC), em relação a dados normativos disponíveis para a faixa etária. Foram individualmente avaliados 50 idosos (G1=25 institucionalizados; G2=25 não institucionalizados), idade média 73,6 (± 8,3 anos), de ambos os sexos, reduzida escolaridade (até oito anos de estudo) e nível econômico médio-inferior, voluntários do interior de São Paulo. Responderam a questionário sociodemográfico, Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e TPC. As escolhas e síndromes cromáticas do TPC de G1 e G2 foram comparadas às normas (teste t de Student, p≤0,05, d de Cohen), identificando-se diferenças estatisticamente significativas apenas em G1 nas variáveis: azul, violeta, amarelo, marrom, cinza, Síndromes Estímulo e Incolor. Foi possível apontar particularidades nas vivências afetivas de idosos associadas à institucionalização.
Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (2017). Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/. Acessado em 02/10/2017.
Alves-Silva, J. D.; Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. D. (2013). Idosos em instituições de longa permanência: desenvolvimento, condições de vida e saúde. Psicologia: Reflexão e Crítica, 26(4), 820-830. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722013000400023.
Bastos-Formighieri, M. S. & Pasian, S. R. (2012). O Teste Pfister em Idosos. Avaliação Psicológica, 11 (3), 435-448. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/3350/335027503010/. Acessado em: 29/07/2017.
Bertolucci, P. H. F.; Brucki, S. M. D.; Campacci S., & Juliano, Y. (1994). O Mini-Exame do Estado Mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arquivos de Neuropsiquiatria, 52(1), 1-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1994000100001.
Birren, J. E., & Schaie, K. W. (2006). Handbook of the psychology of aging (6th ed.). San Diego, CA: Elsevier Academic Press.
Cachioni, M.; Delfino, L. L.; Yassuda, M. S.; Batistoni, S. S. T.; Melo, R. C., & Domingues, M. A. R. C. (2017). Bem-estar subjetivo e psicológico de idosos participantes de uma Universidade Aberta à Terceira Idade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 20(3), 340-352. http://dx.doi.org/10.1590/1981-22562017020.160179.
Chaves, M. L. F., & Izquierdo, I. (1992). Differential diagnosis between dementia and depression: a study of efficiency increment. Acta Neurologica Scandinavica, 85(6), 378-382. DOI: 10.1111/j.1600-0404.1992.tb06032.x.
Cohen, J. (1988) Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences (2nd ed.). New York: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers.
Costa, M. C. N. S., & Mercadante, E. F. (2013). O Idoso residente em ILPI (Instituição de Longa Permanência do Idoso) e o que isso representa para o sujeito idoso. Revista Kairós: Gerontologia, 16(1), 209-222. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/17641/13138. Acessado em: 16/11/2019.
Cozby, P. C. (2003). Métodos de pesquisa em ciências do comportamento (1.ª Ed.). São Paulo: Editora Atlas S.A.
Folstein, M. F.; Folstein, S. E., & McHugh, P. R. (1975). Mini-Mental State. A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of Psychiatry Research, 12(3), 189-198. https://doi.org/10.1016/0022-3956(75)90026-6.
Fonseca, C. C.; Chaves, É. D. C. L.; Pereira, S. S.; Barp, M.; Moreira, A. M., & Nogueira, D. A. (2014). Autoestima e satisfação corporal em idosas praticantes e não praticantes de atividades corporais. Journal of Physical Education, 25(3), 429-439. http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v25i3.22050.
Fontes, A. P.; Fattori, A.; D´Elboux, M. J., & Guariento, M. E. (2015). Resiliência psicológica: fator de proteção para idosos no contexto ambulatorial. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 18(1), 7-17. http://dx.doi.org/10.1590/1809-9823.2015.13201.
Gonçalves, I. F. (2014). Instrumentos de Avaliação Psicológica em Idosos. Dissertação de Mestrado, Instituto Superior Miguel Torga (Coimbra). Disponível em: http://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/626. Acessado em 15/09/2017.
Guimarães, L. D. A.; Brito, T. A.; Pithon, K. R.; Jesus, C. S. D.; Souto, C. S.; Souza, S. J. N., & Santos, T. S. D. (2019). Sintomas depressivos e fatores associados em idosos residentes em instituição de longa permanência. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 3275-3282. https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.30942017.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018). Disponível em: www.ibge.gov.br/home/. Acessado em: 20/12/2018.
Kochhann, R.; Varela, J. S.; Lisboa, C. S. M., & Chaves, M. L. F. (2010). The Mini Mental State Examination: Review of cutoff points adjusted for schooling in a large Southern Brazilian sample. Dementia e Neuropsychologia, 4(1), 35-41. http://dx.doi.org/10.1590/S1980-57642010DN40100006.
Lamas, M. F. M.; de Araújo Schettino, N. M.; Barroso, A. P. N. B.; Santos, J. A., & Banhato, E. F. C. (2018). Perfil cognitivo, funcional e de humor de uma amostra comunitária de idosos. ANALECTA-Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, 4(4), 549-567. Disponível: https://seer.cesjf.br/index.php/ANL/article/viewFile/1794/1139. Acessado: 16/11/2019.
Lima, A. A. C.; Camargo, A.; Raulik, C. G.; Campos, D. B., & Pereira, W. M (2017). Formas metodológicas de avaliação em idosos institucionalizados: uma revisão sistemática. Cinergis, 18(3), 240-247. http://dx.doi.org/10.17058/cinergis.v18i3.8328.
Martins, N. I. M.; Caldas, P. R.; Cabral, E. D.; Lins, C. C. D. S. A., & Coriolano, M. D. G. W. D. (2019). Instrumentos de avaliação cognitiva utilizados nos últimos cinco anos em idosos brasileiros. Ciência & Saúde Coletiva, 24(7), 2513-2530. https://doi.org/10.1590/1413-81232018247.20862017.
Menezes, K. M. G., & Frota, M. H. P. (2012). O lazer enquanto expressão de vitalidade na velhice: a experiência de um centro de convivência de idosos em Fortaleza – CE. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, 11(32), 486-502. ISSN 1676-8965.
Miguel, F. K.; Zuanazzi, A. C., & Villemor-Amaral, A. E. (2017). Avaliação de aspectos da inteligência emocional nas técnicas de Pfister e Zulliger. Temas em Psicologia, 25(4), 1853-1862. https://dx.doi.org/10.9788/TP2017.4-17Pt.
Moura, G. C., & Lopes, A. A. (2017). O uso de instrumentos projetivos no processo de avaliação psicológica. Caderno de Graduação-Ciências Humanas e Sociais-UNIT-ALAGOAS, 4(2), 53-62. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitshumanas/article/view/4175. Acessado em: 10/5/2018.
Neri, A. L.; Yassuda, M. S.; Araújo, L. F.; Eulálio, M. C.; Cabral, B. E.; Siqueira, M. E. C.; Santos, G. A., & Moura, J. G. A. (2013). Metodologia e perfil sociodemográfico, cognitivo e de fragilidade de idosos comunitários de sete cidades brasileiras: Estudo FIBRA. Caderno de Saúde Pública, 29(4), 778-792. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000400015.
Nicolodi, F. & Scortegagna, S. A. (2012). As Pirâmides Coloridas de Pfister e a afetividade em idosos institucionalizados. In: Scortegagna, S.A. (Org.). Avaliação Psicológica: expressão singular em diversos contextos. (pp. 120-146). 1ed. Passo Fundo (RS): UPF Editora.
Oliveira, E. A.; Pasian, S. R., & Jacquemin, A. (2001). A vivência afetiva em idosos. Psicologia: Ciência e Profissão, 21(1), 68-83. https://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932001000100008.
Reichert, C., & Scortegagna, S. A. (2016). Técnicas projetivas com idosos: Revisão de literatura de artigos publicados no Brasil. Métodos projetivos e suas demandas na psicologia contemporânea - Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos (ASBRo), pp. 632-642.
Silva, L. M., & Cardoso, L. C. (2012). Revisão de pesquisas brasileiras sobre o teste de Pfister. Avaliação Psicológica, 11(3), 449-460. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/3350/335027503011/. Acessado em: 29/05/2018.
Souza, R. C. F., & Inácio, A. N. (2017). Entre os muros do abrigo: compreensões do processo de institucionalização em idosos abrigados. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, 12(1), 209-223. Disponível em: http://seer.ufsj.edu.br/index.php/revista_ppp/article/view/1915. Acessado em: 16/11/2019.
Teixeira, C.R.; Scortegagna, S.A.; Pasian, S.R. & Portella, M.R. (2019). Bem-estar subjetivo de longevos institucionalizados e não institucionalizados por meio do Pfister. Avaliação Psicológica, 18(1), 86-95.
Villemor-Amaral, A. E. (2005). As Pirâmides Coloridas de Pfister. CETEPP.
Villemor-Amaral, A. E. (2016). As Pirâmides Coloridas de Pfister (4.ª Ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.
World Health Organization (WHO, 2015). Relatórios Mundiais de Saúde. Disponível em: www.who.int/eportuguese/publications/pt/. Acessado em: 20/04/2016.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Avaliação Psicológica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A Revista Avaliação Psicológica possui os direitos autorais de todos os artigos publicados por ela. A reprodução total dos artigos da Revista em outras publicações, ou para qualquer outro fim, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do Editor. Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, resumen, mais de 500 palavras de texto, Tabelas, Figuras e outras ilustrações) deverão ter permissão por escrito do Editor e dos autores. Os autores concordam com a divulgação do resumo, abstract ou resumen por serviços de indexação e similares, a critério da Revista. Os direitos obtidos secundariamente não serão repassados em nenhuma circunstância.