Evidências de validade e normas do TEPIC-M para crianças e adolescentes

Autores

  • Izabel Hazin Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Luana Metta Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Rodrigo da Silva Maia Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Daniele Caroline Leôncio Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Laura Aragão Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Hedyanne Guerra Pereira Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Eulália Maria Chaves Maia Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

memória de curto prazo, avaliação psicológica, psicometria.

Resumo

O TEPIC-M é um teste que avalia a memória visual de curto prazo, validado e normatizado para a faixa etária de 17 a 89 anos. Com o objetivo de encontrar evidências de validade de critério e normas para crianças e adolescentes, este estudo contou com 542 estudantes com idades entre 06 e 16 anos de instituições de ensino públicas e privadas da cidade de Natal - RN. Verificou-se diferença estatisticamente significativa na média de acertos quando comparados os desempenhos dos participantes em função do tipo de escola (p < 0,001), bem como em função da idade (p< 0,001). Por outro lado, não foram verificadas diferenças na média de acertos entre sexos (p = 0,808). Conclui-se que o instrumento é adequado para a avaliação da memória visual de curto prazo entre crianças e adolescentes brasileiros, podendo ser utilizado em futuros estudos com essa população.

Biografia do Autor

Izabel Hazin, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Psicóloga (PUC-SP), doutora em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco e Pós-Doutorada pela Universitè René Descartes - Paris V. Atualmente, é Professora Associada 2 do Departamento de Psicologia e Bolsista de Produtividade (CNPq) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Luana Metta, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Psicóloga (UFRN), mestra em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente, é doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Rodrigo da Silva Maia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Psicólogo (UFRN), doutor em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente, é Professor Adjunto do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Campus Sobral.

Daniele Caroline Leôncio, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Psicóloga (UFRN), mestra em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente, é doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Laura Aragão, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Psicóloga (UFRN), mestra em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente, é doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Hedyanne Guerra Pereira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Psicóloga (UFRN), mestra em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente, é doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Eulália Maria Chaves Maia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Psicóloga (Instituto Paraibanos de Educação), doutora em Psicologia Clínica (USP/SP). Atualmente, é Professora Titular e Bolsista de Produtividade (CNPq) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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Publicado

2019-07-16

Como Citar

Hazin, I., Metta, L., Maia, R. da S., Leôncio, D. C., Aragão, L., Pereira, H. G., & Maia, E. M. C. (2019). Evidências de validade e normas do TEPIC-M para crianças e adolescentes. Avaliação Psicológica, 18(3). Recuperado de https://submission-pepsic.scielo.br/index.php/avp/article/view/18223

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