Evidências de validade e normas do TEPIC-M para crianças e adolescentes
Palavras-chave:
memória de curto prazo, avaliação psicológica, psicometria.Resumo
O TEPIC-M é um teste que avalia a memória visual de curto prazo, validado e normatizado para a faixa etária de 17 a 89 anos. Com o objetivo de encontrar evidências de validade de critério e normas para crianças e adolescentes, este estudo contou com 542 estudantes com idades entre 06 e 16 anos de instituições de ensino públicas e privadas da cidade de Natal - RN. Verificou-se diferença estatisticamente significativa na média de acertos quando comparados os desempenhos dos participantes em função do tipo de escola (p < 0,001), bem como em função da idade (p< 0,001). Por outro lado, não foram verificadas diferenças na média de acertos entre sexos (p = 0,808). Conclui-se que o instrumento é adequado para a avaliação da memória visual de curto prazo entre crianças e adolescentes brasileiros, podendo ser utilizado em futuros estudos com essa população.Referências
Abreu, N., Lima, C., Siquara, G., Wyzykowski, A., & Fonseca. M. (2018). Memória. Em L. Malloy-Diniz, D. Fuentes, P. Mattos, & N. Abreu. (Orgs.). Avaliação Neuropsicológica (73-82). Porto Alegre: Artmed.
Atkinson, R. C., & Shiffrin, R. M. (1968). Human memory: A proposed system and its control procesrses. In K. W. Spence & J. T. Spence (Eds.), The psychology of learning and motivation: II (89-195). Oxford, UK: Academic Press. doi: 10.1016/S0079-7421(08)60422-3
Baddeley, A., & Hitch, G. (1974). Working memory. In G. A. Bower (Ed.), Recent advances in learning and motivation (47-89). Academic Press: New York. doi: 10.1016/s0079-7421(08)60452-1
Baddeley, A. D. (2000). The episodic buffer: A new component of working memory? Trends in Cognitive Sciences, 4, 417–423. doi: 10.1016/S1364-6613(00)01538-2
Baddeley, A. (2012). Working Memory: Theories, Models, and Controversies. Annual Review of Psychology, 63(1), 1–29. doi: 10.1146/annurev-psych-120710-100422
Brockmole, J. R., & Logie, R. H. (2013). Age-related change in visual working memory: A study of 55,753 participants aged 8-75. Frontiers in Psychology, 4, 1–5. doi: 10.3389/fpsyg.2013.00012
Eysenck, M. (2017). Manual de Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed.
Garcia, R. B., Mammarella, I. C., Pancera, A., Galera, C., & Cornoldi, C. (2015). Deficits in visual short-term memory binding in children at risk of non-verbal learning disabilities. Research in Developmental Disabilities, 45–46, 365–372. doi: 10.1016/j.ridd.2015.07.035
Gómez, C., Barriga-Paulino, C., Rodríguez-Martínez, E., Rojas-Benjumea, M. Á., Arjona, A., & Gómez-González, J. (2018). The neurophysiology of working memory development: from childhood to adolescence and young adulthood. Reviews in the Neurosciences, 29(3), 261-282. doi:10.1515/revneuro-2017-0073
Jonides, J., Lewis, R., Nee, D., Lusting, C., Berman, M., & Moore, K. (2008). The mind and brain of sjort-term memory. Annual Review of Psychology, 59, 193-224. doi: 10.1146/annurev.psych.59.103006.093615.
Kuhn, J. (2016). Controlled attention and storage: An investigation of the relationship between working memory, short-term memory, scope of attention, and intelligence in children. Learning and Indivudual Differences, 52, 167-177. doi: 10.1016/j.lindif.2015.04.009
Levine, D. M., Berenson, M. L., & Stephan, D. (2000). Estatística: teoria e aplicações, usando Microsoft Excel em Português. Rio de Janeiro, Brasil: LTC.
Montefinese, M., Sulpizio, V., Galati, G., & Committeri, G. (2015). Age-related effects on spatial memory across viewpoint changes relative to different reference frames. Psychological Research, 79(4), 687-697. doi: 10.1007/s00426-014-0598-9
Montoya, M., Susperreguy, M., Dinarte, L., Morrison, F., Martin, E., Barahona, C., … Forster, C. (2019). Executive function in Chilean preschool children: Do short-term memory, working memory, and response inhibition contribute differentially to early academic skills?. Early Childhood Research Quartely, 46, 187-200. doi:10.1016/j.ecresq.2018.02.009
Oliveira, J. A., & Ciasca, S. M. (2015). Avaliação da memória em crianças e adolescentes com histórico de acidente vascular cerebral e crianças com queixas de dificuldades escolares. Revista Psicopedagogia, 32(98), 128–135. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862015000200003&lng=pt&tlng=pt.
Oliveira, M.S. & Rigoni, M.S. (2010). Figuras Complexas de Rey: Teste de Cópia e de Reprodução de Memória de Figuras Geométricas Complexas. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Pereira, A. M., Araújo, C. R., Ciasca, S. M., & Rodrigues, S. (2015). Avaliação da memória em crianças e adolescentes com capacidade intelectual limítrofe e deficiência intelectual leve. Revista Psicopedagogia, 32(99), 302–313. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862015000300004&lng=pt&tlng=pt.
Piccolo, L., Arteche, A., Fonseca, R., Grassi-Oliveira, R., & Salles, J. (2016). Influence of family socioeconomic status on IQ, language, memory and executive functions of Brazilian children. Psicologia: Reflexão e Crítica, 29, 23. doi: 10.1186/s41155-016-0016-x
Roberts, K. L., Englund Strait, J. A., & Decker, S. L. (2018). Developmental Trajectories of Verbal, Static Visual-Spatial, and Dynamic Visual-Spatial Working Memory. Contemporary School Psychology, 22(4), 458-467. doi: 10.1007/s40688-018-0176-z
Rodrigues, W. (2018). Capital social e desenvolvimento regional no Brasil. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 14(1), 43-60. Recuperado de https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/3466
Rueda, F. (2009). Atenção concentrada e memória: evidências de validade entre instrumentos no contexto da psicologia do trânsito. Psicologia Teoria e Pesquisa, 11(2), 182-195. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872009000200013&lng=pt&tlng=pt.
Rueda, F., Cecilio-Fernandes, D., & Sisto, F. F. (2008). Memória pictórica e inteligência: duas evidências de validade. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 8(3). Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000300015&lng=pt&tlng=.
Rueda, F., & Sisto, F. (2007). Teste Pictórico de Memória - (TEPIC-M): Manual. São Paulo, Brasil: Vetor.
Santos, F. H., Andrade, V. M., & Bueno, O. F. (2004). Neuropsicologia hoje. São Paulo, Brasil: Artes Médicas.
Sivan, A. B. (2015). Teste de Retenção Visual de Benton - BVRT. (J. F. de Salles, D. R. Bandeira, C. M. Trentini, J. D. Segabinazi, & C. S. Hutz, trad.). São Paulo, Brasil: Vetor Editora.
Swanson, H. (2017). Verbal and visual-spatial working memory: What develops over a life span? Developmental Psychology, 51(5), 971-995. doi: 10.1037/dev0000291
Tormin, M. C., Cunha, C. A., & Lopes, R. F. (2008). Adaptação do Teste Pictórico de Memória para avaliação da memória de trabalho em musicistas. Revista de Psicologia da Vetor Editora, 9(1), 89–98. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-73142008000100011&lng=pt&tlng=pt.
Ursache, A., & Noble, K. G. (2016). Neurocognitive development in socioeconomic context: Multiple mechanisms and implications for measuring socioeconomic status. Psychophysiology, 53(1), 71–82. doi: 10.1111/psyp.12547
Publicado
Edição
Seção
Licença
A Revista Avaliação Psicológica possui os direitos autorais de todos os artigos publicados por ela. A reprodução total dos artigos da Revista em outras publicações, ou para qualquer outro fim, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do Editor. Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, resumen, mais de 500 palavras de texto, Tabelas, Figuras e outras ilustrações) deverão ter permissão por escrito do Editor e dos autores. Os autores concordam com a divulgação do resumo, abstract ou resumen por serviços de indexação e similares, a critério da Revista. Os direitos obtidos secundariamente não serão repassados em nenhuma circunstância.
