Exercício Físico: compreendendo as razões para prática e seus desfechos psicológicos positivos

Autores

  • Evandro Morais Peixoto Universidade de Pernambuco UPE

Palavras-chave:

psicologia do esporte, psicologia positiva, motivação, saúde mental, validade do teste.

Resumo

Pesquisas tem evidenciado o papel do exercício físico na promoção de saúde mental e no favorecimento de emoções positivas. Esta pesquisa propõe a avaliação das propriedades psicométricas do Inventário de Razão para o Exercício REI. Por meio da Análise Fatorial Confirmatória compararam-se os índices de ajustamento de modelos de medidas empregados para o REI na literatura, foram estimados indicadores de precisão e correlação com estado de mindfulness durante o exercício físico. Uma amostra de 206 praticantes (idade= 27,31±8,01, 50% mulheres), respondeu aos instrumentos. Os resultados indicaram melhores índices de ajustamento para o modelo composto por sete fatores (razões para a prática):  controle de peso, condicionamento, humor, atratividade, saúde, tônus e divertimento, todos com bons indicadores de precisão. Verificou-se associação positiva moderada entre indicadores de mindifulness com as razões intrínsecas, humor e divertimento. Conclui-se que a versão brasileira do REI é uma medida adequada das razões para o exercício, correspondente a versão original.

Biografia do Autor

Evandro Morais Peixoto, Universidade de Pernambuco UPE

Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco – USF. Doutor em Psicologia pela Pontifícia com estágio doutoral PDSE desenvolvido na Université du Québec à Trois-Rivières - QC Canadá. Membro do GT Avaliação Psicológica em Psicologia Positiva e Criatividade na ANPEPP 

Referências

Anne E. Cox, Sarah Ullrich-French & Brian F. French (2016) Validity Evidence for the State Mindfulness Scale for Physical Activity, Measurement in Physical Education and Exercise Science, 20:1, 38-49, DOI: 10.1080/1091367X.2015.1089404

Brady, A., & Grenville-Cleave, B. (2018). Positive Psychology in Sport end Physical Activity: An introduction. London and New York: Routledge.

Brown, T. A. (2015). Confirmatory factor analysis for applied research. New York and London: Guilford Press.

Cash, T. F., Novy, P. L., & Grant, J. R. (1994). Why do women exercise? Factor analysis and further validation of the Reasons for Exercise Inventory. Perceptual and Motor Skills, 78(2):539-44.

Conselho Nacional de Saúde. (2012). Resolução 466/2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

Côté, J., &Vierimaa, M. (2014). The developmental model of sport participation: 15 years after its first conceptualization. Science & Sports, 29, S63–S69. doi:10.1016/j.scispo.2014.08.133

Costello, A. B., & Osborne, J. W. (2005). Best Practices in Exploratory Factor Analysis: Four recommendations for getting the most from your analysis. Practical Assessment, Research, and Evaluation, 10(7), 1-9.

Cox, A. E., Ullrich-French, S., Howe, H. S., & Cole, A. N. (2017). A pilot yoga physical education curriculum to promote positive body image. Body Image, 23, 1–8. doi:10.1016/j.bodyim.2017.07.007

Edwards, D. J., Edwards, S. D., &Basson, C. J. (2004). Psychological Well - Being and Physical Self-Esteem in Sport and Exercise. International Journal of Mental Health Promotion, 6(1), 25–32.doi:10.1080/14623730.2004.9721921

Elavsky, S., McAuley, E., Motl, R.W. et al.(2005) Physical activity enhances long-term quality of life in older adults: Efficacy, esteem, and affective influences. 30: 138. https://doi.org/10.1207/s15324796abm3002_6

Faulkner, G., Hefferon, K., & Mutrie, N. (2015). Positive Psychology in Motion through Physical Activity. In S. Joseph (Ed), Positive Psychology in Practice: promoting human flourishing in work, health, education, and everyday life (pp. 207-222). Hoboken, New Jersey.

Hefferon, K., &Mutrie, N. (2012). Physical activity as a “stellar” positive psychology intervention. In E. O. Acevedo (Ed.), The Oxford handbook of exercise psychology (pp. 117–130). Oxford, England: Oxford University Press.

Jayanthi, N., Pinkham, C., Dugas, L., Patrick, B., &LaBella, C. (2012). Sports Specialization in Young Athletes. Sports Health: A Multidisciplinary Approach, 5(3), 251–257. doi:10.1177/1941738112464626 bialys

Lara, D., & Alexis, S. (2014). ¿Matricespolicóricas/ tetracóricas o matricespearson? Unestudio metodológico. Revista Argentina de CienciasdelComportamiento, 6(1), 39-48.

Luu, Melissa, "PerspirationandMotivation: AnExaminationofBodyImageandExercise" (2014). Master's Theses. 4474. DOI: https://doi.org/10.31979/etd.ebdr-3t8m https://scholarworks.sjsu.edu/etd_theses/4474

Muthén, L. K., & Muthén, B. O. (2012). Mplus user’s guide (7th ed.). Los Angeles, CA.

Nakano, T. C., & Peixoto, E. M. (no prelo). Psicologia do esporte e do exercício físico na perspectiva da psicologia positiva. São Paulo: Vetor.

Peixoto, E. M. et al., (2019). Cross-cultural adaptation and validity evidence of the Brazilian version of the State Mindfulness Scale for Physical Activity (SMS-PA). Journal of Physical Education and Sport, 19(1), 594 – 602. doi: 10.7752/jpes.2019.01087

Peixoto, E. M., Nakano, T. C., Castillo, R. A., O., Pestillo, L., &Balbinotti, M. A. A. (2019). Passion Scale: Psychometric Properties and Factorial Invariance via Exploratory Structural Equation Modeling (ESEM). Paidéia, 29, e2911. doihttps://dx.doi.org/10.1590/1982-4327e2911

Primi, R. (2012). Psicometria: fundamentos matemáticos da Teoria Clássica dos Testes. Avaliação Psicológica, 11(2), 297-307. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712012000200015&lng=pt&tlng=pt.

Rebar, A. L., Stanton, R., Geard, D., Short, C., Duncan, M. J., &Vandelanotte, C. (2015). A meta-meta-analysis of the effect of physical activity on depression and anxiety in non-clinical adult populations. Health Psychology Review, 9(3), 366–378. doi:10.1080/17437199.2015.1022901

Salama-Younes, M. (2011). Towards a Positive Sport Psychology: A Prospective Investigation in Physical Practice. World Journal of Sport Sciences, 4(2), 104-115.

Seligman, M. E. P. (2002). Positive psychology, positive prevention and positive therapy. In C. R.Snyder & S. J. Lopez (Eds.), Handbook of positive psychology (pp. 3–9). New York, NY: OxfordUniversity Press.

Silberstein, L. R., Striegel-Moore, R. H., Timko, C., & Rodin, J. (1988). Behavioral and psychological implications of body dissatisfaction: Do men and women differ? Sex Roles, 19, 219–232. doi:10.1007/BF00290156

Strelan, P., Mehaffey, S. J., &Tiggemann, M. (2003). Self objectification and esteem in young women: The mediating role of reasons for exercise. Sex Roles, 48, 89–95. doi:10.1023/A:1022300930307

Strelan, P., Mehaffey, S. J., &Tiggemann, M. (2003). Sex Roles, 48(1/2), 89–95. doi:10.1023/a:1022300930307

Strömmer, S.S., Ingledew, D.K., & Markland, D. (2015). Development of the Exercise Motives and Gains Inventory. Measurement in Physical Education and Exercise Science, 19, 53-68. http://dx.doi.org/10.1080/1091367X.2015.1036162

Tabachnick, B.G. and Fidell, L.S. (2012). Using Multivariate Statistics. Person Education, Boston

Ullrich-French, S., González, H. J., Dolores, M., &Montesinos, H. (2017).Validity evidence for the adaptation of the State Mindfulness Scale for Physical Activity (SMS-PA) in Spanish youth. Psicothema, 29(1), 119-125. Disponível em: http://www.psicothema.com/PDF/4373.pdf

Vallerand, R. J. (2015). The Psychology of Passion: A Dualistic Model. New York: Oxford University Press.

Yan, Z. (2008). Psychological factors related to reasons for exercise: a comparative study between chinese and american college students. Dissertação de mestrado não publicada. (Bowling Green StateUniversity-Ohio EUA). Disponível em: https://etd.ohiolink.edu/!etd.send_file?accession=bgsu1213642219&disposition=inline

Yan, Z., Berger, B., Tobar, D., & Cardinal, B. J. (2014). Reasons for Exercise Behavior Among American and Chinese College Women. Women in Sport andPhysicalActivityJournal, 22(1), 18–23. doi:10.1123/wspaj.2014-0005

Publicado

2022-12-19

Como Citar

Peixoto, E. M. (2022). Exercício Físico: compreendendo as razões para prática e seus desfechos psicológicos positivos. Avaliação Psicológica, 20(1). Recuperado de https://submission-pepsic.scielo.br/index.php/avp/article/view/18940

Edição

Seção

Relato de Pesquisa